Salto ornamental.
Foi-se a vida num pulo contente,
Na borda do altar, arroz, carnaval.
Quis a gente escrever poesia,
Rimar agonias, fazer vendaval.
Teve o dia inveja da noite,
Do ócio da gente que pode ser gente,
Que sabe sem lente ler o mapa astral.
Quis a fada mostrar suas coxas,
Brincar na piscina, afogar Peter Pan.
Veio à noite desposar a lua só pra se mostrar.
Quis a rima dois corpos unidos,
Sem nó ou gravata, sem saltos nem calças.
Perdendo a carteira numa acrobacia
Querendo se amar...
Comentários
Postar um comentário