A cruz e o riacho


Vago em mim e atravesso matas virgens,
poças d' água, cabanas e riachos.
Vago na esperança de folgar um dia,
mas com receio latente do que virá.

Vago só a esperar qualquer conversa.
Vago nu e com pouco alimento, vago
mal vestido, nas roupas remendos.
Doces remendos que recordam minha mãe.

Caminho sempre e estou sempre a ir,
embora às vezes decida parar, relaxar.
E falto à caminhada, repouso na cabana.

Nesses dias procura-me o futuro, me assola.
Mas, me acolhe o presente, as aventuras na
mata, os pulos no rio, a santa conversa fiada.


Comentários

Postagens mais visitadas