Nero



Que dizem as risadas,
aquelas amarelas,
cópias toscas do ambiente?

Quem dera viesse um anjo e batesse à porta.
Poderia vê-la por entre as frestas?
Partiríamos rumo a mares sem portos?
Nesta densa e fria leveza chamada aventura!

Quisera eu ter e ser, largar estes trajes,
esta fumaça insolúvel a me convocar
sempre para mesma doideira.

Será o vício parte de mim?
Tal como um tributo aos dias perdidos.
Tal como uma máscara sobre outra.
Quem sabe seja esta astuta ardência
uma derradeira repreensão de meus pecados.

Me chamam de Nero!

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